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Previsibilidade e usabilidade na Internet

Os visitantes do seu site não devem precisar pensar no que fazer. Essa é a primeira lei da usabilidade de Steve Krug. Os comandos, as opções, os menus, enfim, todos os elementos presentes na página devem ser evidentes, até mesmo, para o mais leigo dos internautas.

Este artigo visa entender que previsibilidade está ligado à usabilidade, principalmente nos meio digitais, incluindo a proposta que não é apenas a identidade visual, mas sim a jornada de compra ou entendimento do seu cliente.

Steve Krug é especializado em arquitetura de informação e autor de “Don’t Make me Think”. Onde sua ideia principal é trabalhar o conceito de boa experiência em um website, um dispositivo eletrônico ou um automóvel, evitando a frustração das pessoas por não saberem ou não conseguirem utilizar algum recurso ou funcionalidade.

Obrigar as pessoas a pensarem quando chegam ao seu website é algo que consome suas energias mentais. Dessa forma, se encontrarem dificuldade para continuarem a navegação, não demorará até que muitos se sintam mentalmente exaustos e saiam, fazendo com que você perca sua audiência.

Este tipo de trabalho é responsabilidade de um profissional de marketing, seja ele UX, UI ou designer. Geralmente estas atribuições estão relacionadas dependendo do nível de experiência do profissional.

A verdade da leitura digital

Se você parar para refletir por um minuto, constatará que a MAIORIA (por que, sim, existem exceções) das pessoas não lêem uma página na internet palavra por palavra. Nós a olhamos, pulamos de uma parte a outra e clicamos no primeiro link que acreditamos ter o que procuramos.

Designers costumam propor layouts considerando que os usuários considerarão cada item presente na tela. Mas a melhor analogia é que, as páginas parecem mais com um outdoor a 100 km/h.

Reflita ao construir uma estrutura de informação

Quando vamos criar ou atualizar uma navegação digital é interessante trabalharmos com alguns conceitos que nos ajudarão a ajudar os leitores e usuários.

  • Entender que as pessoas nem sempre lêem todas as palavras e elementos contidos, então acrescentar muita informação, pode soar como poluição visual.
  • Você compreende onde está? Uma pessoa com o mínimo senso de localização consegue identificar onde está e para onde está indo a partir do seu conteúdo ou tela atual?
  • Crie elementos fixos e pontos de referências para chegar a um local comum e global.

Para uma estrutura de websites e blogs podemos considerar estes itens, imaginando que de repente uma pessoa caiu em sua página.

  • que site é esse? – ID do site;
  • em que página estou? – nome da página;
  • quais são as principais seções deste site?;
  • quais são as minhas opções neste nível? – navegação local;
  • onde estou no esquema lógico do site? – indicadores de localização;
  • como posso pesquisar e encontrar as informações que necessito?

Usabilidade

Segundo International Organization for Standardization, usabilidade é a medida pela qual um produto ou serviço pode ser usado por usuários para alcançar objetivos específicos com efetividade, eficiência e satisfação em um contexto de uso específico (ISO 9241-11).

Checklist para agregar uma boa experiência em usabilidade

  • Criar uma facilidade de aprendizado: a utilização do sistema requer pouco treinamento ou nenhum visando até ser previsível o uso baseado em outras experiências com o mesmo recurso;
  • Fácil de memorizar: o usuário deve lembrar como utilizar a interface depois de algum tempo. Ter pontos de “referências” para ajudá-lo a identificar suas ações;
  • Maximizar a produtividade: a interface deve permitir que o usuário realize a tarefa de forma rápida e eficiente evitando ações desnecessárias ou não tão importantes para o momento. Você também pode usar ferramentas de automação criativa para melhorar sua produtividade;
  • Minimizar a taxa de erros: Se ainda assim ocorrer erros, a interface deve avisar o usuário e permitir a correção de modo fácil e ensinando-o como não repetir de forma simpática e didática;

Sempre que construir algo, esteja pronto e disponível para testar e receber críticas. Não é necessário acatar a todas as recomendações sugeridas, mas refletir sobre elas e entender o real impacto que pode ter, é o mais importante para sua persona.

Não olhe com seus olhos para sua “criação”, entenda como as pessoas o vêem para melhorar. Afinal, experiências trazem uma evolução constante.

Publicado por

Fábio G. Silva

Formado em Business Marketing pela Ohio University, Inovação e Gestão de Projetos pela ISCTE (Lisboa), Gestor de Pessoas pela PUC Minas, Especialista em Desenvolvimento Web pela PUC Minas e Produtor Multimídia pela UniBH. Atua como Consultor de Marketing Digital em empresas privadas de diversos segmentos e portes. Também aproveita o tempo livre fotografando pessoas e paisagens enquanto viaja o mundo e pratica esportes radicais. Fundador da Tricks (Guia Radical) e Digitow e blogueiro no CV do Fábio.

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